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D. Duarte (1391 - 1438)

Décimo primeiro rei de Portugal, filho de D. João I e de D. Filipa de Lancastre, nasce em Viseu, a 31 de Outubro de 1391. Reinou durante cinco anos, período curto mas marcante. Dinamizou fortemente a política interna e a expansão marítima nomeadamente através da campanha do Norte de África.
 
Na política interna, promulgou a Lei Mental, conjunto legislativo inspirado nas aspirações que seu falecido pai tinha em mente para a reforma da governação do Reino e que a morte lhe impedira de concretizar. Durante o seu reinado convocou cortes cinco vezes, (Santarém, 1433 e 1434, Évora, 1435 e 1436 e Leiria, 1438), numa preocupação constante de ouvir a sociedade da sua época.
 
O reinado de D. Duarte ficou marcado pela passagem do cabo Bojador por Gil Eanes, feito que permitiu uma mais rápida exploração da costa africana e a dinamização da exploração marítima. Com o apoio da rainha D. Leonor e dos irmãos, D. Fernando e D. Henrique, lança-se na política de conquistas no Norte de África, apesar da oposição dos seus outros irmãos. O desastre militar de Tânger e a morte de D. Fernando no cativeiro, decorrente desta derrota, marcou D. Duarte e toda a sua família, de forma dramática.
 
Duarte foi um homem interessado em cultura e conhecimento. Escreveu vários livros de poesia e prosa. Destes últimos destaca-se o Leal Conselheiro e o Livro da Ensinança de Bem Cavalgar Toda Sela.
 
Faleceu em Tomar, vítima de peste, no Paço do Convento de Cristo, a 13 de Setembro de 1438 e foi sepultado no Panteão da Dinastia de Avis, no Mosteiro da Batalha.

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