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A extinção das ordens religiosas e o Convento de Cristo

Em 1834, com a revolução liberal, as ordens religiosas masculinas foram extintas. Porém Dª. Maria II mantém a Milícia de Cristo enquanto Ordem honorífica da qual a própria soberana é o Mestre. Muitos dos bens das Ordens extintas foram vendidos em hasta pública pelo governo liberal; outros foram mantidos como monumentos históricos.

Em 1835 foram vendidos a Cerca conventual, o recinto da vila antiga, no castelo, e parte dos edifícios do claustro dos Corvos, no ângulo sul poente do convento. Todos estes bens foram adquiridos por um influente político liberal, António Costa Cabral, a quem mais tarde a raínha conferiu o título nobiliário de Conde de Tomar. A adaptação da ala poente do claustro dos Corvos a um palacete neoclássico é o testemunho da arquitectura e do gosto do século XIX. O Conde de Tomar e os seus descendentes ainda aqui viveram por várias gerações.

As restantes construções do conjunto monumental, que eram pertença da Coroa, constituíam cerca de três quintos da área bruta construída; englobavam os espaços castrejos e os conventuais e tiveram diversos e variados destinos. Assim, em 1876, o conjunto da Enfermaria e Botica, foi destinado a hospital militar, o qual, instalado definitivamente em 1909, aí se manteve até 1993; as construções que rodeiam os pátios dos claustros da Hospedaria e da Micha estiveram na posse de uma companhia da Guarda Nacional Republicana desde o início do século XX até 1935. Outras dependências, nos andares destes claustros, foram transformadas em residências para oficiais militares e funcionários públicos, que abandonaram os locais a partir de 1921, com a vinda para o convento do Seminário da Sociedade Portuguesa das Missões Ultramarinas.

Finalmente o Estado adquiriu, em 1934, aos descendentes de Costa Cabral, todas as propriedades, rústicas e urbanas que estes detinham por aquisição ou posse do seu antepassado. O conjunto monumental ficou a partir de então confinado a três actividades distintas: A cultural, animada pela associação local de defesa do património, que entretanto se constituíra, a União dos Amigos dos Monumentos da Ordem de Cristo (UAMOC); a educativa e religiosa, incluindo o culto na igreja conventual, pela Sociedade Missionária; a hospitalar pela instituição militar.

No início dos anos 80 a Secretaria de Estado da Cultura passa a tutelar a parte cultural e turística do conjunto monumental e, nos anos 90, dá-se a partida dos locais, primeiro do Seminário das Missões e depois do Hospital Militar. Em Março de 2002 o IPPAR toma posse dos locais da Enfermaria e Botica. A parte urbana do conjunto monumental volta a estar reunida sob a tutela de uma única entidade estatal, ao fim de 165 anos.

São sete séculos de história que voltam a encontrar a sua unidade espacial, a qual se desenvolve por cerca de 4,5 hectares de área bruta construída, incluindo as construções castrejas, e cerca de 3,7 hectares de área útil, a maior parte distribuída pelos quatro pisos do convento renascentista, aos quais resta acrescentar a cerca de clausura do Convento de Cristo, de quarenta e cinco hectares - os Sete Montes de Tomar.
 

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